Orientação Pedagógica da Escola de Mestres

Perguntas e Respostas sobre Concursos para Escolas Públicas de Excelência

Imprimir
Detalhes
Publicado: 01 Janeiro 2012
Última Atualização: 01 Janeiro 2020
Acessos: 103311

Para saber todas as formas de entrar em contato conosco, por favor, clique aqui!

 

0) Quais são as estatísticas de aprovação da Escola de Mestres?
1) O que podemos chamar de escolas públicas de excelência para acesso por quem mora no Rio de Janeiro?
2) Como variam programas e provas de concurso para concurso?
3) Vale a pena insistir em colocar o meu filho no Colégio Militar do Rio de Janeiro?
4) Meu filho deve parar as demais atividades? Ou seja, estudar é tudo?
5) É mais fácil passar para alguma das unidades do Pedro II?
6) É mais fácil entrar no Pedro II se o aluno for oriundo de escola pública?
7) O que cai mais nas provas?
8) Vale a pena fazer provas anteriores?
9) Vale a pena fazer nível médio profissionalizante ou escola militar?
10) E as greves? Não prejudicam o ensino das escolas públicas?
11) Quais seriam as principais vantagens e desvantagens da escola pública de excelência?

 

 

Leia também: Cursos Preparatórios (Fundamental ou Médio)

Assista ao vídeo: Quanto custa uma medalha?

0) Quais são as estatísticas de aprovação da Escola de Mestres?

Estatisticamente falando, nós aprovamos muito mais do que os cursos comuns. No ano em que esse artigo foi escrito (2011), por exemplo, nós classificamos 5 em cada 7 alunos que terminaram o curso preparatório de acesso ao 6º ano. No ano seguinte, aprovamos todos. Em 2015, um dos nossos alunos passou em 5º lugar (rede privada) no Pedro II - unidade Centro -, e dois irmãos (rede pública) foram aprovados no mesmo concurso para o Pedro II - Humaitá. É bom esclarecer que nós só contabilizamos os alunos classificados, ou seja, somente os alunos que serão efetivamente matriculados (se assim desejarem). Em outras palavras, mesmo que em todos os anos só aprovássemos 5 em cada 7 alunos, se trabalhássemos com turmas de 50 alunos (como ocorre com os cursos comuns), pelo menos 35 deles seriam chamados em primeira ou segunda convocações.

Como nossos grupos de alunos são pequenos por segmento, a estatística acaba deixando de ser uma ferramenta adequada para avaliação.

Já houve anos em que, em algum segmento, todos os nossos alunos são aprovados. Em outros anos, em contrapartida, há segmentos em que poucos o são. Isso depende muito do tamanho do grupo e do perfil dos alunos.

 

Além disso, mesmo quando o aluno não é classificado no concurso, não raro ele consegue bolsas de estudo bastante atreentes para Colégios como Cruzeiro e Santo Agostinho.

 

1) O que podemos chamar de escolas públicas de excelência para acesso por quem mora no Rio de Janeiro?

 

Escolas de formação geral:

Colégio Pedro II – É uma autarquia federal. Está subordinado apenas ao Ministério da Educação, o que lhe dá bastante autonomia com relação ao seu projeto pedagógico. Colégio com mais de 170 anos de existência. O ensino tem enfoque tradicional, mas procura abandonar, pouco a pouco, as práticas que - já se sabe - não funcionam e incorpora ao dia-a-dia as novas tecnologias que fazem parte do mundo contemporâneo. Possui várias unidades (Centro, Humaitá, Tijuca, São Cristóvão, Realengo, Engenho Novo, Niterói). O acesso tem sido por concurso, para o 6º ano fundamental e 1º ano médio regular ou técnico (Informática, Meio Ambiente ou Música), através de provas de Matemática e Língua Portuguesa (com redação). 50% das vagas têm sido destinadas a estudantes oriundos de escola pública. As provas eram predominantemente discursivas até 2013. Desde então as provas têm sido objetivas, sem contar, obviamente,  a redação, que foi mantida. (http://www.cp2.g12.br)

 

CAP UERJ – Vinculado diretamente à Uerj (Universidade do Estado do RJ), com turmas pequenas e pesquisa em tecnologia educacional. O ingresso yem ocorrido apenas no ensino Fundamental, através de sorteio (1º ano) ou prova discursiva de Matemática e Português com Redação (6º ano). Possui uma única unidade, no Rio Comprido, e tem apresentado excelentes resultados nos Vestibulares. (http://www.cap.uerj.br/site/ )

 

CAP UFRJ – Vinculado à UFRJ (Universidade Federal do RJ) tem sido uma escola de excelência por décadas. Inclusive apresenta alguns dos melhores resultados entre todas as escolas do País. O ingresso tem sido há muitos anos por sorteio -até o 6º ano - e por concurso seguido de sorteio - a partir do 7º ano. Costumam ser poucas vagas, mas como as provas de nivelamento são relativamente difíceis, com baixo índice de aprovação, o número de concursandos para o sorteio se torna relativamente pequeno. Há ingresso até o 2º ano do Ensino Médio. Localizado no bairro da Lagoa. (http://www.cap.ufrj.br/ )

 

Escolas Técnicas:

IFRJ (antigo CEFETEQ – ou escola técnica federal de química), com campi em vários lugares, dentre eles Maracanã e Nilópolis – para carreiras ligadas à química ou biologia. (http://www.ifrj.edu.br/)

 

CEFET (federal) , no bairro Maracanã – para eletricidade, eletrônica, edificações, administração, turismo, entre outras. (http://portal.cefet-rj.br/)  

 

FAETEC (estadual, vinculada à Secretaria de Ciência e Tecnologia e não à Secretaria de Educação – o que faz com que tenha gerência e qualidade diferenciadas das demais instituições estaduais), em vários bairros e abrangendo várias áreas e especialidades. (www.faetec.rj.gov.br)

 

Escola Politécnica Joaquim Venâncio – Foco na área de saúde pública, principalmente. Fica em Manguinhos, no coração da FIOCRUZ. Excelente estrutura de laboratórios e técnicos. A partir de 2011 (ingresso em 2012), lamentavelmente, o acesso passou a ser via sorteio após prova de nivelamento. (http://www.epsjv.fiocruz.br/)

 

Escolas Militares

Colégio Militar – Instituição de ensino tradicionalíssimo, localizada na Tijuca. Oferece acesso a alunos sem parentesco militar no 6° ano do fundamental e no 1º ano no nível médio. Apesar de parecer igual às outras, o Colégio Militar é o que o que o nome diz: um colégio gerenciado por militares, com a disciplina militar. Os alunos, entretanto, são civis e, ao contrário dos demais (abaixo), não funciona em regime de internato. (http://www.cmrj.ensino.eb.br/ )

 

EPCAR (Escola Preparatória de Cadetes do Ar) – Fica em Barbacena – MG. O principal concurso de acesso e ao 1º ano do nível médio. Ao fim da EPCAR (3 anos do nível médio), o aluno vai, quase que automaticamente, para a AFA (Academia da Força Aérea) de onde sai oficial ligado a uma das especialidades disponíveis. Regime de internato. O aluno é militar durante todo o tempo em que estiver matriculado e ganha um soldo por isso. (http://www.epcar.aer.mil.br/)

 

Colégio Naval – Fica em Angra dos Reis. Ao fim, o aluno vai, quase que automaticamente, para a Escola Naval, de onde sai oficial ligado a uma das especialidades disponíveis. Regime de internato. O aluno é militar durante todo o tempo em que estiver matriculado e ganha um soldo por isso. (https://www.mar.mil.br/cn/index.htm)

 

2) Como variam programas e provas de concurso para concurso?

Os concursos são diferenciados em virtude da orientação acadêmica de cada escola.

Instituições como CPII e CAps costumam avaliar tendo como foco a capacidade de criar e de discutir um tema, mais do que o mero domínio sobre o conteúdo programático abordado no exercício. Em miúdos, em lugar de usar o martelo de todas as formas possíveis, opta-se por questionar ao aluno para que serve o martelo, assim como verificar, em situações em que ele não está previamente condicionado a usar o martelo, se ele consegue decidir se o martelo é ou não a ferramenta mais adequada para aquela situação. As provas possuem normalmente poucas questões. Os enunciados quase sempre irão se referir a um contexto real que terá que ser analisado. Exigirão, normalmente, uso de mais de uma ferramenta por exercício, muitas vezes de forma conduzida pelos itens a serem respondidos e, pelo menos os itens de maior pontuação, exigirão que o raciocínio siga vários passos (na escola comum, as provas costumam viciá-lo a raciocinar um conceito de cada vez, o que costuma ser um grande problema na hora de se submeter um exame mais consistente).

Escolas técnicas ou militares já objetivam alunos disciplinados que possam se aprofundar tecnicamente e com grande eficiência. O objetivo é usar o martelo com excelência. Provas que contêm detalhes, exercícios de resolução elaborada, que avaliam velocidade e precisão, caracterizam seu exames.

Os exames da escolas técnicas e militares são predominantemente objetivos (múltipla escolha) enquanto os demais são predominantemente discursivos.

Independentemente do tipo de prova, o conteúdo de cada segmento é praticamente o mesmo, já que essa determinação está vinculada à legislação que guia a Educação no Brasil. Por isso, os programas são bastante parecidos.

Uma preparação adequada deve, portanto, incluir o treinamento das respectivas bancas, após a apreensão do conteúdo[matéria].

 

3) Vale a pena insistir em colocar o meu filho no Colégio Militar do Rio de Janeiro?

Há uma grande diferença entre discutir os acessos ao 6º (fundamental) e ao 1º ano (Médio) do Colégio Militar.

Acreditamos que a prova de Matemática do Colégio Militar, apesar de ter se modificado bastante a partir de 2010,  ainda é técnica demais para a maior parte dos alunos que pretendem acesso ao 6º ano. Além do conteúdo formal, o aluno precisa adquirir o que chamamos de "malícia de prova", atributo inerente a concurseiros, ou seja, candidatos que já se submeteram vários processos seletivos. O concurso, portanto, ainda destoa bastante dos demais realizados pelas outras escolas de excelência. 

Isso já não ocorre com o concurso de acesso ao 1º ano. Há outros concursos tão ou mais concorridos e a faixa etária em que os alunos estão não oferece grandes barreiras psicológicas, e até biológicas, para que os alunos se tornem excelentes, ou "mais maliciosos" com relação aos conteúdos abordados. Se vale ou não a pena insistir? Esta é uma questão muito controversa. Preferimos solicitar aos pais e responsáveis que sempre conversem honestamente com seus filhos. Deixem que eles participem um pouco da escolha dos seus próprios destinos. Passem um pouco da responsabilidade para as mãos deles. É um exercício bastante saudável de autodeterminação. E, sobretudo, não projetem em seus pupilos os seus sonhos. Em lugar disso, estimulem-nos a ter e cultivar os seus. Pois sonhos são o combustível da felicidade. E o fim de tudo que se faz, trabalho, estudo, família, precisa ser esta tal “felicidade”... É obvio, com responsabilidade.

 

4) Meu filho deve parar as demais atividades? Ou seja, estudar é tudo?

Na verdade, o mais importante talvez seja “saber estudar”. Até porque o aluno precisa continuar tendo diversão e vida social, mesmo que comprometidas, em ano de concurso.

Mas sobre isso já falamos (neste site, em outros artigos) e ainda falaremos bastante.

Se o aluno já pratica um esporte, é melhor que continue praticando. Mas certamente num ano de concurso não é uma boa idéia se preparar para competições, tampouco iniciar novos projetos, como estudar um outro idioma, por exemplo. Se a criança está com seu tempo todo ocupado em diversas atividades (música, judô, natação, inglês etc), é bom priorizar uma ou, no máximo, duas.

Outro aspecto importante é a documentação. Muitas famílias perdem suas vagas - e às vezes até deixam de se inscrever em alguns exames - por não apresentarem a documentação correta e em tempo hábil. Recomendamos que a identidade e o CPF da criança/menor sejam feitos ainda no primeiro semestre, enquanto os documentos relativos à escolarização sejam solicitados ainda em agosto, junto a instituição de ensino que a criança frequenta.

 

5) É mais fácil passar para alguma das unidades do Pedro II?

Não costuma ser. As unidades que apresentam mais vagas normalmente têm, também, mais inscritos e, portanto, a relação candidato vaga acaba se equivalendo. Algumas vezes ocorre o efeito inverso. Ou seja, como uma determinada unidade oferece menos vagas, muito menos pessoas se inscrevem lá e isso acaba comprometendo a relação candidato/vaga, tornando o acesso àquela unidade mais fácil. O turno NOITE, exclusivo para o Ensino Médio, da unidade Humaitá tem menor relação candidato/vaga. Contudo, não há possibilidade de troca após o concurso.

Abaixo mostramos algumas notas de corte de concursos anteriores em faixas, porque é comum ocorrerem muitas reclassificações. A faixa indicada vai desde o último aprovado em primeira chamada até uns 10 alunos depois.

Alunos oriundos de escolas particulares:

2011-2012 Centro 6º ano 15,35 - 14,8
2011-2012 São Cristóvão 6º ano 15,00 - 14,7
2011-2012 Humaitá 6º ano 15,3 - 14,75


2010-2011 Centro 6º ano 16,5 - 16,25
2010-2011 Humaitá 6º ano 15,25 - 14,5
2010-2011 Cristóvão 6º ano 13,75 - 13,5

 

6)É mais fácil entrar no Pedro II se o aluno for oriundo de escola pública?

Sim, é bem mais fácil.

Abaixo mostramos as notas na faixa de corte para a Unidade Centro. No mesmo ano, para conseguir aprovação um aluno da rede particular precisaria obter pelo menos 14,8.

2011-2012 Centro 6º ano 12,45 - 11,7

 

7)O que cai mais nas provas?

Normalmente, tudo que está no programa do concurso. Pode não cair tudo em um mesmo concurso, mas considerando a sucessão de concursos, todos os assuntos costumam ser esgotados. Saber toda a matéria é, portanto, importante. Entretanto, se você tiver que decidir entre estudar toda a matéria mal e estudar com profundidade alguns tópicos, prefira a segunda opção. Saber 10 coisas pela metade não é o mesmo que saber 5 coisas. Normalmente é bem menos. Sugiro que comece pelos fundamentos e, em seguida, especialize-se nos assuntos onde for possível se especializar com o tempo de que dispõe.

 

8) Vale a pena fazer provas anteriores?

Somente após estudar todo o conteúdo. Imaginar que refazer e refazer provas anteriores vai adestrar o aluno é um engano. Pode acontecer [e é comum] o formato do exame mudar de um ano para outro, embora a filosofia da prova seja a mesma. Alunos “adestrados” não conseguem se adaptar a provas diferentes com rapidez.

A prova anterior serve para avaliar se o aluno domina ou não o conhecimento. A fase em que ele adquire o domínio vem necessariamente antes. É tentador para muitos pais colocarem seus filhos para fazer provas anteriores com um professor particular (ou com eles mesmos) na esperança de que, sabendo fazer as provas anteriores consigam fazer a próxima. O que se consegue normalmente é que o aluno decore a resolução daquelas questões – que nunca mais serão cobradas daquela forma – em lugar de efetivamente dominarem os conteúdos a ponto de conseguirem resolver quaisquer questões que deles dependam.

 

9)Vale a pena fazer nível médio profissionalizante ou escola militar?

A principal vantagem das escolas técnicas é o fato do aluno sair, em tese, preparado para ingressar no mercado de trabalho. Outra vantagem é que, como ele adquire contato com uma profissão ainda cedo, ele adquire maior "know-how" para avaliar o que quer, ou o que não quer, para o seu futuro profissional. Uma desvantagem costuma ser a deficiência das escolas técnicas com relação às disciplinas de núcleo comum e que não são necessárias para a formação técnica.

Ter uma profissão pode não lhe garantir o emprego dos seus sonhos, mas certamente afastará bem mais facilmente o fantasma do desemprego. Concursos públicos para cargos não especializados possuem uma relação que ultrapassa muitas vezes 1000 candidatos por vaga. Enquanto que, em concursos para cargo técnico, esta relação costuma ser menor do que 100 candidatos por vaga. A dificuldade em se colocar no mercado de trabalho depende intrinsecamente da quantidade de pessoas que concorrem com você. Logo, ter um curso técnico facilita muito o acesso ao primeiro emprego e à permanência nele.

E esta lição se estende para quem não tem uma vocação muito definida. Neste caso, é melhor se afastar das carreiras muito populares. Você pode, por exemplo, ser engenheiro, mas evite ramos como a engenharia de produção ou eletrônica.

Escolas técnicas, não técnicas e militares são opções bastante diferentes para as quais se deve sempre levar em consideração o perfil do aluno (social, cultural, psicológico) e suas principais aptidões, se já as tiver manifestado.

As escolas militares (nível médio) - não têm formação direta, ou seja, são a etapa inicial para a carreira militar. Em escolas como a EPCAR e o Colégio Naval, o aluno aprende a disciplina militar, além de fazer um bom curso de nível médio. Recebe um soldo mensal, possui vantagens na aposentadoria e mora, em regime de internato, na escola. Tem sua admissão quase que garantida para o curso superior em escola militar (AFA ou Escola Naval), de onde já sairá empregado, como oficial. Para quem busca estabilidade acima de tudo e se sente atraído pela carreira militar, o acesso a estas escolas via concurso de acesso ao 1º ano do nível médio é uma excelente opção.

 

10) E as greves? Não prejudicam o ensino das escolas públicas?

As greves prejudicam o cronograma das escolas e a vida social das famílias, pois muitas vezes os alunos perdem parte das férias para complementar os dias letivos programados.

Os dias letivos, exatamente por conta desta necessidade de reposição, são cumpridos com ou sem greve, o que, em tese, oferece alguma garantia de que o conteúdo não é comprometido.

É claro que interromper aulas, fazer passeatas, gerenciar um movimento político no meio do ano acabam gerando um descompasso na relação ensino/aprendizado.

Mas dizer que as greves prejudicam o ensino já passa a ser uma afirmação, no mínimo, descuidada.

As escolas públicas de excelência só assim o são graças à luta do corpo docente para não perder (ou perder menos) o seu poder aquisitivo de ano para ano. Professor, além de um profissional, é um cidadão como outro qualquer. Precisa ser respeitado. Numa relação profissional, salário digno é fundamental para se manifestar este respeito.

As escolas de excelência conseguem unir atrativos - bons alunos, razoável estrutura pedagógica e hierárquica, estabilidade, salários não muito baixos - a ponto de conseguirem captar e manter bons professores em seu corpo docente. E isso, infelizmente, só tem se sustentado por conta das greves.

Por outro lado, as graves estimulam pais e alunos a participarem da vida política da sociedade. Participação política, embora não seja um item explícito do programa de núcleo comum, é fundamental para a formação de qualquer cidadão, e qualquer sociedade. Rejeitar a greve, atribuindo a ela todos os males do mundo é uma maneira extremamente reacionária de encarar o problema e só contribui para que nossa sociedade nunca consiga conferir a seus professores, médicos, policiais e demais profissionais o respeito - e a retribuição pecuniária – a que realmente fazem jus.

 

11) Quais seriam as principais vantagens e desvantagens da escola pública de excelência?
São escolas gratuitas. O governo fornece quase todos os livros didáticos, os alunos transitam gratuitamente com o vale transporte de estudante e, em algumas escolas, podem até almoçar, se quiserem. O rendimento dos alunos, inclusive, costuma ser melhor do que o da maioria absoluta das escolas particulares. E, quando falamos em rendimento, além da aprovação em vestibulares ou concursos públicos, estamos nos referindo também à parte psicológica e social do jovem. Um exemplo é a formação política, através da participação e consciência representativa, pois é uma parte ativa da estrutura e do projeto político-pedagógico das escolas (pelo menos, as não militares e não técnicas).

Além disso, há programas de incentivo à iniciação científica, artística, diplomática em convênio com universidades federais e institutos de pesquisa conceituados no Brasil e no mundo, visando desenvolver e despertar talentos.

E as greves? Sim, elas podem ocorrer e são desvantagens, como podem ser as instalações físicas ou o mobiliário. Mas esses fatores não diminuem o carinho e a relação por toda vida dos seus alunos e ex-alunos, sempre muito orgulhosos de terem sido parte do Pedro II, ou do Cap UFRJ, ou do Cefet, ou do Ifrj, ou Fiocruz, CMRJ etc...

 

Leia também: Conhecimento Amigo

Leia também: Orientação para Curso Preparatório 6º ano